Apesar de acusar um leve recuo de 6% no volume de licenciamentos de caminhões em 2024, em um mercado que cresceu 15%,5% no período, a Iveco destaca que registrou avanços importantes no ano. A montadora foi a única que mostrou uma variação positiva no segmento de caminhões semileves em relação ao restante da indústria, com 12% de evolução diante de um mercado que retraiu 15,4%. Enquanto no outro extremo, representado pelos caminhões pesados, a empresa saltou de 2,4 mil unidades licenciadas em 2023 para 2,8 mil no ano seguinte, evidenciando um incremento de 6,6% no comparativo do biênio.
“No primeiro caso, reafirmamos a liderança do Iveco Daily nesse mercado, impulsionada bastante pela expansão do e-commerce na distribuição urbana de mercadorias. Já nos extrapesados, as vendas do modelo S Way vêm surpreendendo a cada mês, por conta do posicionamento do produto que ressalta a tecnologia embarcada, a conectividade, o desempenho e a melhor TCO (Total Cost of Ownership ou Custo Total de Propriedade em tradução livre) do mercado”, destaca Marco Aurélio Pacheco (foto), diretor comercial da Iveco no Brasil.
No esforço de avançar no mercado de caminhões, explica Pacheco, a Iveco vem investindo em vários aspectos do produto, como a inovação, robustez, pós-venda, atenção ao consumidor e valor de revenda. “São pilares fortes da marca, que esperamos refletir no reconhecimento do mercado”, comenta Marco Pacheco.
Desafios no ano
O executivo admite que as expectativas em relação ao ano eram de um crescimento bem maior. “Tivemos grandes desafios ao longo de 2024, como a questão da inflação, da taxa de juros e da aprovação de crédito, que jogaram para baixo aquilo que prevíamos”.
Para o ano em curso, Pacheco faz coro com as projeções da Anfavea, que apontam para um mercado igual ou pouco menor do que 2024. Para tanto, ele aposta no bom desempenho do agronegócio, que tem tudo para bater recordes de safra no ano. “E um mercado que vai demandar muito mobilidade e estamos vendo um cenário muito propício para isso. O mesmo acontece com a mobilidade urbana, que deve avançar cada vez mais por causa do comércio eletrônico”.